No Cemitério da Lapa, a fotografia de Ara Sgai nos convida a uma pausa e a um olhar sobre uma prática fascinante da história: a fotografia post-mortem. Comum entre os séculos XIX e início do XX, essa era uma forma de eternizar a memória de entes queridos em um tempo de alta mortalidade e de poucas câmeras. Para muitas famílias, esse era o único retrato que teriam de seus amados.
Longe da visão de hoje, onde as fotografias são algo comum e cotidiano, essas fotos não eram vistas como macabras, mas como uma parte fundamental do luto. O objetivo era capturar a pessoa em um estado de serena dignidade, como se estivesse apenas dormindo. Para isso, os fotógrafos usavam técnicas específicas: as pessoas eram cuidadosamente vestidas, penteadas e posicionadas em sofás ou cadeiras, às vezes com o apoio de estruturas escondidas para manter a postura. Em alguns casos, as fotos incluíam familiares, como se fosse um último abraço de despedida.
Esses retratos de memória são uma janela para uma época em que a morte era vista de forma mais próxima e direta. Eles nos lembram que a fotografia sempre foi mais do que um registro visual; é uma forma de expressar afeto, de lidar com a ausência e de manter a história de uma vida viva, para sempre.
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