José Dias Nunes, conhecido como Tião Carreiro, nasceu em 13 de dezembro de 1934, em Monte Azul, no norte de Minas Gerais. Mesmo sem ter frequentado a escola, aprendeu a ler por conta própria e se dedicou à música com paixão e talento desde muito jovem.

Foi idealizador e mestre do pagode de viola, ritmo inovador criado em 1959 que se tornou uma marca da música sertaneja de viola caipira. Entre suas composições mais emblemáticas estão Jangadeiro Cearense e A Viola e o Violeiro.

Carreiro formou parcerias memoráveis com músicos como Pardinho, Carreirinho e Paraíso. Mas foi com Pardinho que criou a dupla Tião Carreiro & Pardinho, que marcou época no Brasil dos anos 1950 a 1990. Eles levaram o pagode de viola aos palcos, às rádios, à televisão e aos corações do público, solidificando sua posição como referências da música de raiz.

Faleceu em 15 de outubro de 1993, vítima de complicações da diabetes, e foi sepultado aqui, no Cemitério da Lapa. Desde então, o local se transformou em ponto de memória e respeito: fãs e admiradores visitam o túmulo com frequência, prestigiando a vida e história do artista.

Sua arte e seu legado seguem vivos, ecoando em cada violeiro que encontra inspiração em suas melodias e versos.

“Tendo amor e saúde da vida eu não reclamo, amo a vida que levo, e levo a vida que amo!”

— Tião Carreiro & Lourival Dos Santos (Hoje Eu Não Posso Ir)